sábado, 8 de outubro de 2011

Experimentação na sala de aula - turma LQ-3 UFRPE

Imagens da aula de Instrumentação para o Ensino da Química, no curso de Licenciatura em Química da UFRPE.

Experimentação no Ensino de Química


Fenômenos exotérmicos e endotérmicos




Forças intermoleculares


Soluções químicas


Transformações químicas



Ligações químicas


Até o próximo post!!


sábado, 24 de setembro de 2011

A Ciência e o trabalho coletivo

Com certeza, quando você estuda Química, deve ver uma série de nomes importantes que contribuíram para a construção de ideias e teorias, como: Dalton, Thomson, Berzelius, Rutherford, Lavoisier, Boyle, etc e etc.. etc.. mas será que a Química foi construída apenas por esses e outros nomes que estão hoje nos livros?

Vou dizer uma coisa a você, prezado leitor da Casa da Química: muitos nomes importantes não aparecem hoje nos livros.. não só de Química.. mas de Física, Matemática e Biologia. Mas, o que aconteceu com os outros nomes?

A Ciência é coletiva. A comunidade científica, todos os anos, se reúnem em congressos, simpósios, encontros, para discutirem as novas ideias que, dia após dia, surgem nos mais diversos artigos. Essa troca de informações não é à toa. As vezes, aquela ideia que um químico precisava para fechar sua análise, ele encontra em um trabalho realizado por um colega em um laboratório do outro lado do Mundo. E foi assim que toda Ciência foi feita.

Se eu fosse citar todos os nomes que deram grandes contribuições à Química e foram esquecidos, esse post teria que ser escrito em 1 mês. Apenas vou citar alguns que eu conheço (claro.. não conheço todos, né? rsrs)

- Cannizzaro:
Stanislao Cannizzaro foi um químico italiano, que nasceu na cidade de Palermo. Hoje, o departamento de Química da Universidade de Palermo leva seu nome. Sua principal obra "Resumo de um curso de filosofia química" contribuiu para as pesquisas de Dalton (na proposição das leis ponderais) e foi um grande complemento dos trabalhos de Lavoisier. Além disso, ele também contribuiu na hipótese do número de Avogadro. Hoje, só ouvimos falar em Cannizzaro em alguns cursos de História da Química. Mas seu nome é ausente em vários livros didáticos.



- Scheele:
Sabe quem descobriu o oxigênio? se você está pensando em Lavoisier, está errado. Lavoisier foi o responsável pelo nome "oxigênio" (do grego 'oxygenius', gerador de ácidos). O oxigênio foi descoberto por Carl Wilhelm Scheele, farmacêutico norueguês, em 1772. O mesmo era chamado de 'gás desflogisticado'. Esse nome foi dado por Priestley, que também reivindicou a descoberta do gás. Porém, nos livros apenas vemos Lavoisier. Por sinal, o grande trabalho de Lavoisier não seria nada sem as contribuições de Scheele, Priestley, Cavendish, Joseph Black entre outros.



- Millikan
Robert Millikan foi um físico americano. Ganhou o nobel de 1923. Qual foi a contribuição dele? com certeza, você, quando estuda o modelo atômico de Thomson, aprende que ele estudou os raios catódicos de William Crookes. A partir dos trabalhos de Crookes, Thomson deduziu a relação carga/massa do elétron (5,96.10^-9). Millikan também estudou a natureza elétrica da matéria. Ele investigou essa propriedade a partir de gotas de óleo. Em seus estudos, ele deduziu a carga de 1 elétron (1,6.10^-19C). Com esses dados em mãos, o que Thomson fez? chegou na massa do elétron. E Millikan? são poucos os livros que tratam de seus experimentos.



Bem.. eu não respondi a minha pergunta que fiz lá em cima.. não o fiz porque não tenho a resposta. Porque esses nomes são esquecidos? bem... eu não sei... mas parafraseando Sir Isaac Newton: "Se enxerguei mais longe, foi porque me apoiei sobre os ombros de gigantes".

Até mais.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Evolução da Terra - Museu das Minas e do Metal

Olá, colegas da Casa da Química! tudo bem?

O vídeo que apresentarei abaixo é uma das várias atrações interativas que encontrei no Museu das Minas e do Metal . Trata-se de uma breve apresentação sobre a evolução do planeta Terra. O vídeo não contém toda a apresentação... mas o suficiente pra lhe deixar com "água na boca" para visitar o Museu das Minas e do Metal na cidade de Belo Horizonte, na belíssima Praça da Liberdade.


Lembrando que o Universo foi formado cerca de 10 milhões de anos antes da Terra. A Terra, bem como os outros planetas, são "restos" de estrelas mortas, as quais passam por um processo chamado "supernova". Nesse processo, ocorre uma implosão, na qual núcleos de hélio e hidrogênio se fundem, formando núcleos mais pesados, constituindo átomos de outros elementos químicos (carbono, nitrogênio, oxigênio e etc).

Até mais!

PS: em breve, segundo tutorial dos roteiros virtuais MMM!

sábado, 6 de agosto de 2011

Diferentes formas de pensar o conceito de substância - TV Café Quântico

Olá, todos.

Está disponível na TV Café Quântico o vídeo da palestra online dessa sexta-feira, 05/08. Além da palestra, você terá acesso a outros vídeos de discussões, debates e palestras realizadas no Café Quântico. Acesse o link abaixo:

TV Café Quântico


Obrigado e até a próxima!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Casa da Química no Café Quântico

A convite do Café Quântico, irei apresentar uma palestra na próxima sexta-feira (05/08), às 21h00 sobre o seguinte tema:

DIFERENTES FORMAS DE PENSAR O CONCEITO DE SUBSTÂNCIA

Para ouvir a palestra, basta acessar o site do Café Quântico e efetuar seu cadastro. É grátis! além disso, você poderá participar de outras apresentações que o site promove.

Portanto, temos um encontro marcado na sexta! às 21h00!

Até lá!



sexta-feira, 22 de julho de 2011

Roteiros MMM - Mama África - Tutorial - parte 2

Olá! 

Nesse post teremos a continuação do tutorial para o Roteiro MMM Mama África, disponível no site do Museu das Minas e do Metal

Então... continuando...

Mama África: o berço da humanidade
Nessa sessão, o viajante encontra uma breve explicação sobre a evolução da raça humana, tendo origem no continente africano. A explicação é acompanhada por animações que ilustram com clareza cada ponto abordado. Além disso, detalhes da evolução como a criação e manuseio de ferramentas são apresentados. A sessão termina com uma linha do tempo que apresenta a evolução da espécie humana ao longo de 10 milhões de anos.


Da África para o Brasil
O objetivo aqui é mostrar como se deu a migração do povo africano para o Brasil, a partir do ciclo do ouro. Esses milhares de escravos ajudaram a formar a população brasileira. No item "saiba mais", o viajante ainda encontra uma interessante explicação sobre a escravidão e o povo africano no Brasil.


Do carbono ao diamante
Aqui, o viajante encontrar uma explicação sobre o carbono-14 e como ele é utilizado para a determinação da idade dos fósseis. A partir daí, a sessão começa uma breve explanação sobre o elemento carbono, falando de suas características e propriedades. Clique no item "saiba mais" e veja um ótimo texto sobre a exploração do ouro e diamante no Brasil.


A herança cultural
Nessa sessão podemos ver e entender como o povo africano deixou sua herança para a constituição a população brasileira. Entre o legado que os africanos nos deixaram, a sessão destaca: alimentação, modo de vestir, viver, lendas e etc. A partir disso, as miscigenações são apresentadas.


No subterrâneo: o encontro dos minerais
Esta sessão se inicia mostrando a diferença entre rochas e minerais. As diferenças na estrutura de rochas e minerais são apresentadas na forma de animação, a cada "click" que o viajante faz no botão. Além disso, nessa sessão pode ser visto um pouco sobre a origem dos minerais. Sempre com animações que ilustram o texto.



O movimento das terras: placas tectônicas
Aqui, o viajante confere com detalhes uma explicação acerca dos movimentos das placas tectônicas a formação dos continentes. Toda a explicação é acompanhada por animações que ilustram o texto.


Escravidão e tráfico negreiro
Nessa sessão, o viajante confere um pouco da história da escravidão e o tráfico de escravos africanos. Segundo a sessão, para o Brasil vieram principalmente escravos de Maçambique, Costa da Mina e Angola.

Mineração
O processo de mineração, como era e é visto atualmente, é o tema dessa sessão. A explicação é dada sob a óptica dos escravos africanos, de como eles percebiam o processo de mineração. Clique em "saiba mais" e leia sobre a Idade do Ferro.


Chica da Silva: diamante entre diamantes
Aqui, uma personagem muito importante é apresentada ao viajante: Chica da Silva - "a escrava que virou senhora". Nessa sessão, tem-se a oportunidade de conhecer mais sobre essa mulher e sua vida. Para ajudar, é apresentado uma linha do tempo com os principais fatos da vida dela.


Bem... terminamos aqui o nosso tutorial do roteiro Mama África! espero que tenha sido útil para você. Aproveito o máximo a ferramenta, explorando todos os links oferecidos... desde o local no Museu relacionado com a sessão às páginas na Web.

Até o próximo post!



segunda-feira, 13 de junho de 2011

Roteiros MMM - Mama África - Tutorial - parte 1

Olá, pessoal.

Vamos começar com uma série de tutoriais mostrando os roteiros virtuais do MMM - Museu das Minas de do Metal, localizado em Belo Horizonte.

Aproveite a leitura e as dicas para você usar o roteiro em sua aula! afinal, a cada dia as TIC's se mostram como ferramentas eficazes para auxiliar o processo de ensino-aprendizagem.

Os roteiros do MMM são em formatos de hipermídias, construídas em Flash, agregando imagem, som e texto.

ROTEIRO MAMA ÁFRICA
Este é o primeiro roteiro do MMM. No início, temos uma apresentação, mostrando a evolução da Terra, com a Pangéia se separando e formando os continentes que conhecemos hoje. Logo após, quando apertamos o play no canto inferior direito, temos a tela inicial abaixo:


Menu do roteiro Mama África

Temos 16 sessões para começarmos a jornada. Depois que cada opção é acessada, ela fica marcada com um diamante, indicando que você já passou por ali. No canto inferior você verá instruções de navegação, referências e créditos. Em todas as sessões, abaixo, encontram-se 3 links: um indicando o local no museu que mostra materiais do tema em questão, outro com dicas para sala de aula e outro mostrando links na Web que podem ser acessados para complementar as informações mostradas. Bem, vamos às sessões:

Nos céus: de erupções a terremotos
Nesta sessão, o viajante conhece as características da Terra logo nos primeiros anos de sua evolução. As imagens ilustram cada informação mostrada acerca da situação climática da Terra.


O homem que veio do ferro
O tema principal desta sessão é abordar as características do metal ferro e sua importância do universo. As informações mostradas são interessantes e as animações em flash ajudam o viajante a entender o que está escrito. Um bom exemplo é quando mostra a animação de como acontece uma supernova.

Movimentos dos homens: primeiros fluxos migratórios
"Hoje em dia, a hipótese mais adotada pela comunidade científica é a de que, há 60.000 anos, os humanos modernos, nossos ancestrais, partiram da África para outros continentes". É com esta citação que a sessão inicia a história da migração humana da África para outros continentes. É nesta sessão também que o roteiro mostra a história de Luzia: um dos fósseis mais antigos encontrados no continente americano.


Os fósseis de Lund
Nesta sessão, o viajante conhece a história das descobertas do naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund. Ele foi responsável pela descoberta dos "Homens da Lagoa Santa", primeiros fósseis encontrados na Gruta do Sumidoro, em Minas Gerais. Foi lá que Luzia foi encontrada.


Luzia e seu povo
Após apresentar Luzia nas sessões anteriores, agora o roteiro apresenta ao viajante a história dela e do seu povo, exaltando o trabalho dos historiadores e da importância das pinturas rupestres para os estudos.


A Terra primitiva: fogo e esfriamento
Nessa sessão, o viajante encontra com maior detalhe a história da evolução da Terra, desde o seu início com altas temperaturas até a formação dos oceanos e continentes.


Pangea e a deriva continental
O viajante aqui conhece a história da Pangea (o primeiro grande continente) e, a partir de uma animação, pode ver em etapas a separação deste na formação de outros continentes menores.

Bem... está curioso pra saber como continua esta aventura?? acesse o Roteiro Mama África e se surpreenda!

Esta foi a primeira parte do tutorial... em outro post terminarei de comentar este roteiro e de apresentar o restante das sessões. Enquanto isso, acesse e aproveite esta ferramenta em todo seu potencial!

Uma hipermídia como esta pode ser usada na sala de aula, de modo a ilustrar e contextualizar historicamente os conceitos estudados, seja com o auxílio das animações, seja com as informações extra que ela fornece. A ferramenta também pode ser usada pelo próprio aluno, em sua casa. Você pode solicitar para que eles acessem em casa e, na sala de aula, relatar as informações que viram e, dentro de um ambiente de discussão, estudar a evolução terrestre e os primeiros povos.

No próximo post trarei mais dicas de uso e a finalização do tutorial!

Até mais!

Instrumentação para o Ensino de Química - experimentação no ensino de Química - parte 2

Imagens da aula de Instrumentação para o Ensino de Química - LQ 1 - UFRPE

Reação da água oxigenada com iodeto de potássio


Oxidação do ferro (palha de aço*)



Indicador ácido-base com repolho roxo


*Lembrando que o aço é uma liga formada por ferro e carbono.


domingo, 5 de junho de 2011

A Química e os memes - parte 2

Não é fácil ser apenas um próton... e o cloro, hein? sempre trollando!

Instrumentação para o Ensino de Química - experimentação no ensino de Química

Imagens da aula de Instrumentação para o Ensino de Química, turma LQ1 - UFRPE.


Reação do alumínio com ácido clorídrico - uso de materiais alternativos




.


Extração do DNA do morango - materiais alternativos


A Química é uma ciência experimental. Diante disso, a atividade experimental, sempre que possível, deve estar presente nas aulas de Química. Existem muitas experiências que podem ser feitas em sala, com uso de materiais alternativos. Quando inserimos experimentos na aula de Química, podemos proporcionar aos alunos uma inserção no incrível mundo da Ciência, seja usando a experimentação como atividade investigadora (para levantar um problema ou resolvê-lo) ou usando-a de modo demonstrativo. Além disso, é uma atividade bastante motivadora.

Até mais.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

terça-feira, 31 de maio de 2011

Teorias ácido-base

Olá, colegas da Casa da Química!

Hoje vamos conversar um pouco sobre as teorias ácido-base.

O termo ácido vem do latim acetum, que quer dizer "azedo". As substâncias que possuíam essa propriedade organoléptica era considerada um ácido. As substâncias que neutralizavam a sensação azeda dos ácidos eram conhecidas como álkalis, do árabe al-kali, que significa "cinzas de flor". Hoje, conhecemos os álkalis como base.

- Ácidos e bases de Arrhênius

Visão proposta no século XIX por Svante Arrhênius, dentro da sua teoria da dissociação iônica. Para Arrhênius temos:

- ÁCIDOS: Substâncias que liberam um próton (H+) em solução aquosa;

- BASES: Substâncias que liberam uma hidroxila (OH-) em solução aquosa.

Diante disso, temos que espécies químicas como HCl, H2SO4, HCN são ácidos de Arrhênius, pois liberam um próton H+ em solução aquosa. Ex:


HCl + H2O > H+ + Cl-

E as seguintes espécies químicas são bases: NaOH, LiOH, Ca(OH)2 e etc. Por exemplo, o NaOH em água, temos:

NaOH + H2O > Na+ + Cl-

A visão de Arrhênius apresenta basicamente duas limitações:

- Se resume a apenas soluções aquosas;

- Considera o H+ como um próton livre.

- Ácidos e bases de Bronsted – Lowry

Teoria propostas pelo químico inglês Johannes Nicolaus Brönsted e o químico dinarmaquês Thomas Martin Lowry em 1923 (isso mesmo... já no século XX).

A teoria ácido-base de Bronsted – Lowry explica os processos nas reações ácido-base. Dentro desta visão, temos uma relação entre as substâncias. Um ácido só existe se tiver uma base. Não existe ácido ou base por si só. Diante disso:

- ÁCIDOS: Substâncias que doam um próton (H+);

- BASES: Substâncias que recebem um próton (H+).

Ora, se uma substância doa um próton, sendo ácido, alguma outra espécie deve receber, fazendo o papel da base. Isso explica a natureza do íon H+ em solução aquosa, visto que o mesmo, sendo um próton, interage com outras espécies que estão no sistema. Portanto, na seguinte ionização:

HCl + H2O > H+ + Cl-

Temos a seguinte transferência de próton:


HCl + H2O > H3O+ + Cl-

Concluímos que o HCl é um ácido de Bronsted-Lowry e a água é a base.

- Ácidos e bases de Lewis

Teoria proposta pelo químico americano Gilbert Newton Lewis, também no século XX. Dentro de sua visão, também temos um jogo relacional, porém, diferentemente da teoria de Bronsted-Lowry, ele não cita transferência de prótons, e sim de pares eletrônicos. Diante disso:

- ÁCIDOS: são “receptores” de pares de elétrons;

- BASES: são “doadores” de pares de elétrons.

Percebam que eu usei “aspas” para indicar os termos acima. Coloquei essas aspas porque numa reação ácido-base de Lewis não existe uma transferência propriamente dita, mas um compartilhamento do par eletrônico, numa espécie de ligação coordenada. Exemplo:

Cu2+ + 4NH3 > [Cu(NH3)4]2+

Na formação do íon complexo acima, temos que o cobre irá atuar como ácido de Lewis, pois irá “receber” o par de elétrons livres do nitrogênio, afim de forma a esfera de coordenação. Neste sentido, a amônia será a base de Lewis. Algumas bases de Lewis comuns são os compostos de Grignard e sais como BF3 e AlCl3.

- Considerações gerais

Obviamente, eu não falei tudo sobre as três teorias ácido-base. Não gosto de escrever posts longos, pois, em sua maioria, são cansativos. Aqui, ofereci apenas uma breve explicação, em linhas gerais, acerca dos ácidos e bases. Existe muita coisa além daquilo que escrevi neste post. Portanto, continue suas pesquisas! Veja a questão dos pares conjugados ácido-base da teoria de Bronsted-Lowry, do caráter anfótero que alguns ácidos/bases de Bronsted-Lowry apresentam e aprofunde sua leitura sobre a teoria da dissociação iônica de Arrhênius e a teoria de Lewis aplicada na formação de íons complexos.


Bons estudos e até a próxima!


sábado, 28 de maio de 2011

A Química de Casa nova!!

Olá, gente!

Primeiramente, agradeço a todos vocês que ajudaram e ajudam no crescimento da Casa da Química, seja divulgando ou apenas lendo os posts. Fico feliz em saber que aquilo que está sendo feito aqui está sendo útil para várias pessoas, pois esse é o meu objetivo como professor: facilitar e mediar a construção de conhecimento do próximo. Saiba que toda a Casa da Química é feita com muita responsabilidade e carinho para que VOCÊ tenha o melhor acesso aos conteúdos químicos, artigos, vídeos e etc.

Diante disso, mudamos nosso endereço para um servidor que permita à você ter mais acesso aos conteúdos da página, além de um visual mais agradável (porém, sempre na simplicidade).

E aguardem! A Casa da Química virá com mais novidades!!

Lembrando que o endereço antigo: http://casadaquimica.wordpress.com continuará ativo para hospedagem de arquivos.

Então.. bem-vindo à nova Casa!

CASA DA QUÍMICA - QUÍMICA PARA TUDO E PARA TODOS!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

domingo, 10 de abril de 2011

Química e sustentabilidade - o caso do palito de fósforo

Olá, colegas!

Neste post falaremos um pouco sobre o palito de fósforo, colocando este minúsculo objeto dentro de uma problemática que estamos vivendo atualmente.

Para começar, vamos entender como funciona um palito de fósforo...

O fósforo (do grego PHOSPHORUS "o que traz luz") foi inventado por um alquimista alemão, ainda no século XVII, chamado Hanning Brand. A sua descoberda foi por acaso, quando ele tentava achar uma receita para transformar metais em ouro. Depois de misturar diversos materiais (como urina e areia), percebeu que a mistura final apresenta fosforescência. A partir da contribuição de químicos como Boyle e do farmacêutico inglês John Walker, no século XIX o palito de fósforo foi inventado e comercializado.

O palito, como conhecemos hoje, é composto por um pequeno pedaço de madeira e clorato de potássio em uma das pontas. O clorato de potássio é revestido de pa
rafina para alimentar a chama. O fósforo em si, fica na parte lateral da caixinha, juntamente com pó de vidro e areia, para gerar atrito.

Você deve estar se perguntando: "Ok... tudo bem.. mas o que isso tem a
ver com sustentabilidade?"

Ora... você já reparou o quanto de um palito de fósforo você usa quando vai acender o fogão de sua casa?

Sempre que falamos de sustentabilidade, nos lembramos do óleo de cozinha, pilhas e baterias, plástico, lixo eletrônico... mas nunca lembramos de uma coisa tão simples como o palito de fósforo.

Um palito de fósforo tem em média 8 cm. É fato que destes 8 cm, apenas alguns milímetros são úteis para gente. Raramente vemos alguém usar um palito de fósforo de forma que ele queime todo. Podemos dizer que a cada palito que usamos, queimamos em torno de 10% do seu tamanho. O resto? jogamos no lixo... e isso é ruim? é PÉSSIMO!! imaginem quantas árvores são jogadas diariamente no lixo por causa dos 90% do palitinho que você não consumiu...

O quanto do palito de fósforo você usa ao acender o fogão de sua casa?

Pesquisei um pouco na Internet algum dado referente à quantos palitos de fósforos são produzidos com uma árvore. Infelizmente, depois de muito procurar, não achei (quem souber este dado, favor, deixar um comentário.. obrigado!). Então, vamos fazer um cálculo simples:

- Descobri que palitos de fósforo podem ser produzidos a partir de um tipo de árvore que se chama Embaúba. Este tipo de árvore pode chegar a 15 m de altura e tronco com 15 a 20cm de diâmetro. Imaginemos que uma árvore dessa pesa 200kg (sou péssimo em estimativas.. mas vamos lá...). Então, temos 200kg de madeira para fabricar palitos de fósforo. Se cada palito tem uma massa de 2g, temos que uma árvore como essa nos fornece 200.000 palitos de fósforo.

- Somos 190 milhões de brasileiros. Vamos supor que temos uma caixa de fósforo a cada família de 4 pessoas. Deste modo, temos cerca de 47,5 milhões de caixinhas de fósforos sendo usadas. Como cada caixinha tem 40 palitos (em média) temos, então, 19 bilhões de palitos de fósforos. Como cada palito tem em média 8cm, temos aí 152 bilhões de centímetros de palitos de fósforo. Vamos considerar que a cada palitinho que usamos, queimamos em média 0,5cm. Então, consumimos 9,5 bilhões de centímetros e os outros 142,5 bilhões de centímetros são jogados no lixo. Esses 142,5 bilhões de centímetros equivalem a 17,9 bilhões de palitinhos que, por sua vez, é o equivalente a 89.062 árvores de Embaúbas que vão para o lixo!!! Muito, não acha?

Obviamente, fizemos estes cálculos com aproximações grosseiras. Porém, se você analisar de forma qualitativa, verá que realmente, estamos jogando mais árvores no lixo que usando efetivamente... não duvido que o valor real seja próximo do nosso encontrado nos cálculos acima...

Como resolver isso? boa pergunta... que tal começarmos a usar aquele isqueiro velho para acendermos o fogão? ou usar um acendedor elétrico? bem... se cada um achar uma alternativa, podem ter certeza, que várias Embaúbas serão salvas..


É isso! Química para um Mundo melhor!


Até mais!


sábado, 26 de março de 2011

Estruturas cristalinas

Neste post, vamos discutir um pouco sobre a estrutura cristalina.
- Rede Cristalina

As substâncias sólidas tendem a se cristalizar em formas geométricas bem definidas (com excessão de alguns sólidos, como o vidro, que é amorfo). Isso significa que os átomos e íons que formam a substância estão agrupados de forma que apresentam formas geométricas simétricas, formando cristais. Podemos observar isto nos sais e nos metais.


Cristais de Bismuto





- Metais
A estrutura cristalina dos metais são formadas por um conjunto de células unitárias. A célula unitária é a menor unidade estrutural que, repetida muitas vezes em três dimensões, gera o cristal. Existem muitos tipos de unidades celulares, porém, consideraremos apenas três:1 - Célula cúbica simples: cubo que consiste em 8 átomos;
2 - Célula cúbica de corpo-centrado: cubo com 1 átomo no centro;
3 - Célula cúbica de face-centrada: um cubo com 1 átomo em cada vértice e 1 átomo em cada face.

Observe abaixo as figuras que representam essas unidades cristalinas:



- Sais: cristais iônicos



Diferentemente dos metais, a estrutura cristalina dos sais é forma por íons (espécies química dotadas de carga positiva ou negativa).




Cloreto de Lítio - estrutura iônica



Assim como os metais, podemos encontrar cristais iônicos em forma de células unitárias.










A reação de formação de um sal iônico pode ser explicada em etapas  pelo Ciclo de Haber-Born:

1º - ocorre a formação de um átomo gasoso a partir do sódio metálico;
2º - Dissociação da molécula de Cl2 em dois átomos gasosos;
3º - Ionização do sódio;
4º - Átomos de cloro recebem um elétron (proveniente dos átomos de sódio);
5º - Formação da rede cristalina.

Esta reação é muito energética, portanto, cada etapa do ciclo de Haber-Born envolve trocas de energia, como mostrado no esquema abaixo (clique na figura para melhor visualização):





Para encerramos, abaixo segue um vídeo mostrando a reação violenta entre o sódio metálico e o gás cloro para formação do sal:







Leitura complementar:
http://www.tutorvista.com/content/chemistry/chemistry-iii/chemical-bonding/born-haber-cycle.php

http://200.156.70.12/sme/cursos/EQU/EQ20/modulo1/aula0/aula01/03.html


http://www.infoescola.com/quimica/estrutura-cristalina/

quarta-feira, 16 de março de 2011

Sorteio de brindes!

Olá!

Como prometido, sortearei brindes por ter alcançado os 200 seguidores.

Juntamente com o sorteio, será lançado o canal no Youtube da Casa da Química, que terá diversos experimentos e vídeo-aulas! O primeiro vídeo do canal será a realização do sorteio. Bem, vamos aos brindes:

[gallery]

Você poderá ganhar uma camisa especial do blog Casa da Química! a camisa é em material sintético e nos tamanhos M e G. Nas fotos, você pode ver a frente e as costas da camisa.

Juntamente com a camisa, o vencedor levará uma mini-biografia do químico italiano Stanislao Cannizzaro. Esta mini-biografia fez parte de um evento na Universidade de Palermo - Itália, no qual se lembrou os 100 anos da morte do químico. A autoria é do professor Roberto Zingales, historiador da Química e Químico Analítico da Universidade de Palermo. O livreto está em italiano e pode ser uma ótima fonte para seus trabalhos em História da Química.

Como você pode ganhar?? Dentro de alguns minutos um tuíte anunciará este post pedindo para que você dê RT na mensagem. Quando isto acontecer, você já irá concorrer. Aceitarei os RT's dados até às 23h59 do dia 17/03. No dia 18/03 realizarei o sorteio.

ATENÇÃO: o tuíte que postarei e você derá dar RT para concorrer será: "Quero ganhar uma camisa e a biografia de Stanislao Cannizarro. Dê RT para concorrer!"

Quando você ver este tuíte, dê RT e torça!!

Até o sorteio!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Paradoxo - Aquiles e a tartaruga

Olá, pessoal!

Esse post é para quem gosta de Filosofia!

Estava lendo sobre alguns paradoxos e achei um bastante interessante do filósofo Zeno de Eléia (490 a.C. - 430 a.C.). Fala sobre a corrida de Aquiles (o herói grego) contra uma tartaruga. Com este paradoxo, podemos refletir sobre conceitos matemáticos, físicos e, claro, químicos. Abaixo segue a transcrição do paradoxo tirado da Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Paradoxos_de_Zeno). Boa leitura e reflexão:
Aquiles, o herói grego, e a tartaruga decidem apostar uma corrida de 100m. Como a velocidade de Aquiles é 10 vezes a da tartaruga, esta recebe a vantagem de começar a corrida 80m na frente da linha de largada.

No intervalo de tempo em que Aquiles percorre os 80m que o separam da tartaruga, esta percorre 8m e continua na frente de Aquiles. No intervalo de tempo em que ele percorre mais 8m, a tartaruga já anda mais 0,8m; ele anda esses 0,8m, e a tartaruga terá andando mais 0,08 metros. Esse raciocínio segue assim sucessivamente, levando á conclusão de que Aquiles jamais poderá ultrapassar a tartaruga, uma vez que sempre que ele se aproximar dela, ela já terá andado mais um pouco. Em termos matemáticos, seria dizer que o limite, com o espaço entre a tartaruga e Aquiles tendendo a 0, do espaço de Aquiles, é a tartaruga. Ou seja, ele virtualmente alcança a tartaruga, mas nessa linha de raciocínio, não importa quanto tempo se passe, Aquiles nunca alcançará a tartaruga nem, portanto, poderá ultrapassá-la.

Esse paradoxo vale-se fortemente do conceito de referencial. Dada uma corrida somente de Aquiles, sem estar contra ninguém, seu movimento é ilimitado. Ao se colocar, porém, a tartaruga, cria-se um referencial para o movimento de Aquiles, que é o que causa o paradoxo. De fato, o movimento dele é independente do movimento da tartaruga; se adotamos a tartaruga como um padrão para determinar o movimento dele, criamos uma situação artificial em que Aquiles é regido pelo espaço da tartaruga. É uma visão do problema que pode remeter à mecânica quântica e ao Princípio da Incerteza formulado por Werner Heisenberg em 1927. Esse princípio rege que quão maior a certeza da localização de uma partícula, menor a certeza de seu momento, e isso é implicado pela existência de um observador no sistema físico. Analogamente, o paradoxo de Aquiles e da tartaruga tem sua interpretação mudada conforme a existência ou não da última.

O paradoxo acima possui algumas incoerências as quais devem ser levadas em consideração:
Ao se afirmar que, por tal argumento explícito acima, Aquiles nunca alcançará a tartaruga, Zeno desconsidera qualquer reflexão sobre o que é o tempo. A conclusão de que a tartaruga sempre estará a frente se sustenta sobre o argumento de infinitos deslocamentos simultânteos, de Aquiles e da tartaruga, mas que representam sempre um décimo em relação ao deslocamento anterior. Analogamente, o tempo transcorrido para cada deslocamento irá ser de um décimo do tempo do deslocamento anterior. Logo, tem-se que o tempo transcorrido é uma progressão geométrica de razão inferior a "um", o que significa que somando-se os infinitos intervalos de tempo dessa progressão, haverá um valor limite ao qual a somatória converge. Encontra-se, então, uma incoerência no paradoxo, porque ele define que a tartaruga nunca será alcançada, porém a análise temporal demonstra que isto acontecerá apenas neste intervalo de tempo fixo.

Supondo agora uma extensão da mecânica quântica (ainda em discussão na comunidade científica) na qual o tempo pode ser caracterizado por unidades mínimas indivisíveis, o paradoxo perde sua lógica à medida que os intervalos de tempo se aproximam da unidade fundamental, na qual o valor absoluto da velocidade de Aquiles é superior a da tartaruga, e consequentemente haverá a ultrapassagem, tornando Aquiles o vencedor da corrida.

Até a próxima!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Semicondutores

A condutividade elétrica dos metais é bastante elevada devido à estrutura deles, formada pelo que chamamos de mar de elétrons (elétrons livres na estrutura do metal):



Portanto, dizemos que os metais são condutores de eletricidade. Mas o que dizer dos semicondutores? são "semi-metais?"

Na verdade, semicundutores são sólidos cristalinos que possuem essa capacidade elétrica intermediária, atuando como condutor e isolante. Os semicondutores são formados, basicamente, de silício, o qual é formado por uma rede cristalina. Nesta estrutura cristalina, os átomos de silício estão unidos por ligações covalentes. O que sabemos é que esta estrutura cristalina só é possível numa temperatura próxima ao zero absoluto (0 kelvin ou -273 ºC). Assim, a estrutura fica estável e o material se comporta como ISOLANTE, pois os elétrons estão envolvidos nas ligações covalentes. À temperatura ambiente, a estrutura não é estável, e alguns elétrons "escapam" das ligações, ficando livres na rede cristalina. Nesse momento o material se comporta como CONDUTOR.

Para saber mais:

http://www.poli.usp.br/d/pqi2110/aulas/patricia/Lig%20Metalicas%20-%20Patricia.pdf

http://www.infoescola.com/fisica/semicondutores/

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Espectrometria e a estrutura molecular

Como sabemos que a molécula do metano é CH4? Como podemos ter certeza da sua geometria? 

Na química, temos vários métodos para determinação de fórmulas moleculares. As primeiras fórmulas eram determinadas por meios empíricos (ver os trabalhos de Cannizzaro e Dalton, por exemplo). A primeira proposição da fórmula da água foi feita a partir da relação entre os volumes de hidrogênio e oxigênio que reagiam.

Com o passar do tempo, outras substâncias, com estruturas mais complexas, começaram a ser descobertas e sintetizadas. A partir daí, outros métodos de identificação começaram a surgir. Um deles foi a espectrometria.

A partir da análise de alguns espectros, podemos identificar alguns componentes dos compostos, assim como também como eles estão dispostos no espaço.

Abaixo, vocês podem conferir alguns espectros (RMN-H e infravermelho) de algumas substâncias, os quais nos faz deduzir sua composição e disposição no espaço (clique na figura para melhor visualização):





Para saber mais:

http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc16/v16_A04.pdf

http://www.uhu.es/quimiorg/rmn3.html
http://reocities.com/Vienna/choir/9201/espectrometria2.htm